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terça-feira, 27 de maio de 2014

Mini-manual de ação para os jovens (para enfrentar esta conjuntura)

Reagir e lutar, assertivas que José Dirceu sempre associava à ideias e propostas. Netse momento de preparação para o combate ideológico e político em torno da Copa e a preparação eleitoral, sintetizamos duas postagens (É a Política! e Engana-se Quem Menospreza a Ofensiva da Direita) que a equipe de seu blog publicou recentemente para orientar, sobretudo a nova geração petista e de esquerda, para a marcha por mais direitos, democracia, serviços e obras públicas, enfim, desenvolvimento. 
São 13 pontos para orientar a ação:



 1- Como já se viu tantas vezes antes desde que se iniciaram os governos do PT, em 2003, a mídia comanda agora, e mais uma vez, a ofensiva contra o governo Dilma Rousseff.
 2- A agenda é conhecida, há anos vem sendo armada e testada. Visa, como sempre, a criar um clima de pessimismo e desesperança, afugentar capitais externos e convencer o povo que o Brasil não tem rumo.
 3- Agora, não tinham mais nada para arrumar, armam uma CPI de araque com confessos objetivos eleitorais. Procuram estimular de todas as formas manifestações – todas esvaziadas – contra a Copa do Mundo a se realizar agora no meio do ano no Brasil. O noticiário diário, então – sem falar nos semanais, das revistas -, é um desfile de desgraças e tragédias. Por ele, o país está para acabar. Sem pudor algum já pregam abertamente a mudança de governo e alternativamente de poder.
 4- A ofensiva da direita conservadora, aliada a parte da imprensa, atravessou 2013 e chegou a 2014 ampla, intensa e ferozmente. A tentativa de desconstrução do governo se mantém como instrumento preferencial da oposição em busca do poder neste ano eleitoral.
5 - A ofensiva é ampla. Para ficar apenas em alguns recentes exemplos, citamos a manutenção do terrorismo com a política fiscal, o alarmismo com a inflação, os permanentes ataques à política social, a campanha contra os impostos e a carga tributária, contra a Copa e contra o grau de investimento do país.
6- E nós, o PT, o governo, as bancadas parlamentares, as esquerdas que construíram esse projeto que levou Lula a Presidência da República por dois mandatos, com governos que retomaram o fio da história, do desenvolvimento nacional, da democracia, da soberania e das maiorias do nosso povo? O que estamos fazendo?
7- Estamos fazendo de conta que não existe essa ofensiva. Estamos nos portando como se não houvesse uma verdadeira guerra contra nós e nosso governo, contra o que representamos e o que construímos nesses últimos 30 anos.
 8- Não há comando e não há uma estratégia comum para enfrentar o outro lado. A política não dirige, não há contra e pronta resposta, não há unidade, não há disputa e luta política. Muito menos cultural e ideológica. Perdemos a iniciativa. Mais grave, ainda, há um distanciamento e ausência de uma estratégia comum que sigamos – nós e os movimentos que nos apoiam.
9 - Nossa base social e eleitoral não é informada e mobilizada. Os novos autores e agentes políticos e sociais que surgiram no país pelas transformações sociais, econômicas e culturais que fizemos não nos reconhecem como aliados.
10- Se no final da década de 1960, um estrangeiro viesse ao Brasil, entrasse numa livraria, fosse ao banco, ouvisse uma música ou assistisse a um debate, ele teria a ilusão de que o país era governado pela esquerda, e não pela direita. Hoje, se alguém entrar em uma livraria, ouvir um debate, dedicar-se a ler jornais, revistas e ouvir rádio e TV, vai acreditar que o Brasil é governado pela direita, e não pela esquerda.
11- Engana-se quem menospreza a ofensiva da direita. O argumento de que ela não surtirá efeito prático – dado que a maioria do país vê um cenário diferente do que lhe é apresentado, com emprego e renda em alta, portanto não se deixaria manipular eleitoralmente – não convence.
12- O que está em jogo é mais do que isso. As campanhas midiáticas e, em determinados casos, institucionais contra o governo pode ter consequências na formação de um imaginário conservador. Nãos e trata apenas de melhorar a vida da população – como vem sendo feito nos últimos 11 anos –, mas também de mostrar a representação de um país em mudanças. Sem isso, as próprias mudanças podem se perder.
13 - É preciso ir à luta política. É preciso fazer o enfrentamento político.

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